sábado, 2 de junho de 2018

Ameba

Foge aos meus braços o limite do universo 
Foge à minha mente o eu submerso
Dos anos passados navegando sem saber
Fingindo liberdade, enganando meu ser

Se a vida nos limita, a morte nos impede
Não há liberdade nisto que à vida sucede
Manda aos infernos dos românticos ideia esta
Nem à vida, nem à morte, liberdade resta

Contente-se ao cárcere de nunca livre ser
Pois assim vive e morre sem dor ou agonia
A morte não espera e não se apega ao viver

Com toda existência tu vive a harmonia
E não espera, e vive, e morre sem nunca sofrer 
Assim desta vida tu sente a sinfonia