quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Norapaia

Do homem ao longe se vê agonia 
A espera tortura morte fazia 
Alma desperta areia rangia 
Nota rota esquecido bipolar 

Vejo Tejo corre e se esconde calote 
Graceja briga dorme come morre 
Ava espanca escapa de tudo pode 
E nutre ventre feito luto escorre 

E vive governa aguenta rei pobre 
Nobre cerveja na mesa de porre 
Fica desgraça regaça cachaça 
E apaga rasga se apega amassa 

Viste virgem ofensa ave morta 
Espera oferta não desperta agora 
Hoje chora explora devora alerta 
Ao peito ouve homem de agonia ele ora 

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Ninfas...

Voam as ninfas em profusão
Sob a gélida e cálida escuridão
Atiram-se sobre a estrada,
Como musa não amada...

Ora, pode uma musa não ter louvor?
Pode uma estrela perder seu calor?
Ah, pois lhe digo que tudo pode
Pois é em outubro que toda sorte eclode

Não se deixe enganar pelo ar da primavera
Não se deixe levar por essa "nova" era
A sociedade não muda, meu caro...
Vendo a troca de peles eu não me calo.

É época das cores, veja bem...
Mas sempre causa dores todo esse vaivém
É daqui que nasce o carnaval,
E é aqui que morre o individual.