sábado, 15 de outubro de 2016

Helena

Dark doors to your soul
Book full of blood
Silence yells for those
For whom your feelings flood

Unreliable trust
Past screaming for help
Future claiming for us
We have each other, no one else

Always by your side
Is how I want to be
Cause you never let my mind
And I hope I'll never be free

Even Troy fell for you
And thousands died for this
Sure I would die too
Just to see your soul in peace

A Chuva

Chove muito lá fora
Nuvens escurecem o dia
Estou certo de que é Deus que chora
Um mundo cinzento se cria

Chove tanto que quase neva
Neve que a pele esquenta
Quem sabe tal neve toca Eva
E a fé dos homens assim aumenta

Lágrimas de fogo regam a alma
A terra se cobre de prata opaca
E o estalo das chamas é o que acalma
Enquanto a memória dos homens se aplaca

Sobe fumaça negra da casa
Os corpos dos irmãos se elevam ao céu
São cinzas dos mortos que chovem em brasa
Nos campos e nos homens, o carbono torna véu

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Vento Indiano

A voar pelos ares desta terra pode-se sentir a pobreza penetrando o corpo.
O ar está impregnado, e a terra já a tem como característica.
Vejo as diferenças entre intocáveis nas ruas e sacerdotes nos palácios.
A santidade dos que deixam suas vidas em prol de um protesto para com os outros.
O silencio e a beleza dos templos nas altas montanhas do Himalaia e os homens que ali jazem há tanto tempo quanto um humano pode viver.
Vejo pessoas atrofiando de fome e sede,
Vejo os carniceiros tomarem posse de seus corpos, pois até eles estão sedentos e famintos.
Vejo cultos a divindades estranhas e práticas de canibalismo no Ganges.
Junto-me ao pranto dos que choram por suas perdas e à luta daqueles que buscam igualdade.
Estes homens de inúmeros deuses e de almas santas,
Estes homens que protestam entregando suas vidas e corpos para que se acabe o preconceito e a desigualdade.
Nesta terra santa e bela apenas o homem tem defeito,
O defeito de se julgar superior.
Que o vento me leve, mas me falta algo a fazer aqui. Que ele me faça voltar então.


Vida de esperança

Vida de esperança
Repleta de alegria
Pelo mundo dança
Felicidade cria

Através da tormenta
Felicidade encontra
De nada se lamenta
Do Tempo faz o mantra

Minha euforia criou
Tudo a ti devo eu
Por ser quem agora sou

Pra sempre o mundo é seu

Esquecimento

Olhos atentos aos tetos
Perdidos em pensamentos
Esquecidos por amar demais
Aquele que nunca se satisfaz

Inconsolável coração 
Toma folga na mera razão 
Para uma vez mais reviver
A chama do amor de um ser

Tentativas e erros
Cada caminho, a Esperança 
Carregada por desesperos

Alento sem sequer confiança
Necessidade de ficar austeros
Após toda desilusão dessa Dança