O horror satisfaz meus mais profundos anseios por caos e destruição.
A morte na arte propicia um alívio para a própria morte mental e me permite movimentar as pernas enquanto finjo viver.
Se em meio ao sangue e ao esperma me sinto vivo, em meio a tripas e caos eu existo.
domingo, 30 de dezembro de 2018
XVII
XVIII
Só me sinto vivo em meio ao sangue e ao esperma.
Apenas com orgasmos e feridas.
Devo escorrer de alguma forma para sentir que minha vida também flui.
Em uma espiral mecânica regada a dor e prazer eu permaneço.
Penso que, talvez, acaso não tivesse tão rígida moral, estaria agora viciado em coisas piores que estas.
Antes viciar em livros que em cousas mais pesadas como novelas e afins.
E no teu olhar encontrei a mim
Essa janela para o paraíso
Que tu chama de olhos
Reacenderam minha verdade
E me trouxeram de volta à vida
Um segundo a teu lado
Se torna uma eternidade
E toda a eternidade
Passa num segundo
Para sempre contigo não seria suficiente
Nem todas as vidas
Nem todas as pós vidas
Bastariam para mim
Mas ainda assim
Basta um instante a te olhar
Basta sentir teu coração
Basta ouvir tua voz
E toda a espera se torna ínfima
Podem-se passar semanas, meses ou anos
Que me bastará sempre te olhar
Para que eu possa voltar a viver
sexta-feira, 28 de dezembro de 2018
Quem diria?
A morte corrói, destrói
Para então reconstruir
O medo paralisa, doí
E eterniza o existir
Felicidade exausta, vibra
Mas também possui fim
E a magia, o abra kadabra
Nunca foi tão mágico assim.
O ódio arde, implode o ser
E a calmaria o sucede
O amor incendeia, pode crer
E só ele não se mede
Só ele permanece
Só ele é verdade
Só ele se sucede
Só ele não tem validade.
Queime, meu querido
Quero ouvir teu sangue ferver
Quero ver tua alma arder
Quero sentir tua carne queimar
E só assim poderei te amar
O sabor de tua vida a escorrer
O borbulhar de tua pele, meu prazer
Os teus olhos a desesperar
Tendo apenas minha visão a te amparar
Meu próprio corpo a se arrepiar
Enquanto ouço você gritar
Pode pedir, rezar, implorar
Mas aqui nem seu Deus poderá te salvar
És meu, pequeno menino
Tua morte alimenta minha vida
És meu, o MEU menino
ME ALIMENTE, ALMA LÍMPIDA!
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