Em meio aos cadáveres eu danço
Movo os músculos que eles não podem
Vivo a vida que eles escondem
E me deixo levar pelo rio manso
Os corpos dilacerados ao meu redor
Dormem torturados, mexidos, acabados
Sequer na morte se livraram da dor
E, agora, nos campos de ferro estão deitados
E eu danço, penso, canso
E seus corpos jazem lá
Estudados por anos e anos
E um dia serei eu, rá!
Mas os campos de ferro não estão nos meus planos
Só espero aproveitar o lado de cá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário