Austeros olhos atentos ao nada
Ricos homens passam por esta estrada
Forçado golpe contra a humanidade
Ato sombrio e sem qualquer humildade
Não veem o pobre caído no chão
Sequer sabem que foi morto em vão
Pra que alguns enriqueçam, ele morreu
Não seu corpo, mas sua alma derreteu
O rico continua sempre andando
Pensa que é o pobre quem perdeu sua vida
Enquanto é o morto que está caminhando
Cada um segue com a memória vívida
Do futuro a todos nós esperando
No esplendor do que chamamos pós vida