quarta-feira, 26 de abril de 2017

Campo florido

Flores cinzas, brancas, negras e opacas
Cobrem os jardins de vãs esperanças
Deitadas eternamente sobre férreas placas
Enquanto suas irmãs jogam-se às danças

Pequeninas flores, por que não desabrocham?
Já passou a primavera, tantas primaveras...
Suas irmãs já são árvores agora, sabiam?
Já não lembram de vós, mas são tão bonitas...

Pequeninas flores, por que não têm nome?
Por que ficam mudas há tanto tempo?
Florezinhas, por que sua cor some?
Por que me ignoram? Me deixam ao vento?

Ora, florezinhas, saiam logo desses vidros!
Estou a falar sozinho? Não me respondem mais...
Parem de nadar, pequeninas. Corpos tão rígidos
Meu Deus, serão as flores mortos neonatais?!

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