Meu amigo de longa data
Por anos te acompanho
Minha índole é exata
E para ti não sou estranho
Sei que vem sofrendo há muito
E a culpa cabe a mim
Perdoe o meu descuido
Mas prometo à sua dor dar um fim
Sou amigo, não carcereiro
A vida é o cárcere, eu o vigia
Porém sou eu o carniceiro
A todos liberto, mas é antropofagia
Dentre os sofredores, sou o primeiro
Por isso vos devoro com toda alegria
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