quarta-feira, 15 de agosto de 2018

A Marca de Cam

Por que oprime a si mesmo?
Por que se cala e dobra?
Onde está sua coragem?

Tu forjaste os grilhões que carregas
Tu colheste o ferro e o ouro
Tu lutaste as grandes guerras
Tu criaste os grandes impérios em agouro
Sim, tu! Pois carrega em si o sangue negro
Em teu peito bate o motor da humanidade
Em teu espírito urra o poder da irmandade
É essa tua pele que te honra
São teus antepassados os guerreiros d'aurora
Herdaste a grandeza, nasceste pra glória
Pois toma tua rédea e parte agora!

Todo homem e mulher que a ti antecedeu
hoje olha por você e está contigo
Essa pele que tens sob o sol já ardeu
num deserto escaldante, um solo antigo
Dominaste a natureza, então domina a si!
Destrói as correntes e liberta-te!
Não és fruto do pecado,
és nobre muito honrado.
Pois então grita aos céus tua linhagem!
Brada contra reinos o ardor da liberdade
Honra tua raça, honra teu poder!
Tu fizeste a sociedade e ela fez você!
Grita, homem, urra!:
"Sou negro! Carrego a marca desta etnia!
Minha história o silêncio esmurra.
A cor dos imperadores! A cor da liberdade é minha!"

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