Ah, a luz da Lua...
O grande astro-reflexo,
ilumina a vida crua
e o ser a ela anexo
Brilha nos olhos de cada ser
Movimenta a vida sob si
Se na existência ela faz valer,
Na destruição, ela sorri.
Voam as brasas até o céu
Pequenos brilhos que se confundem
numa profusão impregnada de fel
E, como as estrelas, a nós iludem
Cacos jazem cobrindo o chão
Fumaça escurece a tétrica escuridão
O fogo consome até mesmo as estrelas
Enquanto corrói as duras prateleiras
E correm os homens em desespero
Para fora e dentro desse espelho
Não aprendem, a Guerra não cessa
Tal destruição não há o que meça
É a História que arde sob ao Céu
É o Futuro que aqui se enterra
A fumaça faz de si o véu
Que alenta o homem que berra
É a própria Humanidade que arde
E no espírito dos bons faz alarde
Morreu assim a Esperança,
Com tristeza, desprezo e desconfiança.