segunda-feira, 12 de novembro de 2018

L5

Sangra o ferro e escorre vida
Dá-me de beber da tua ferida
Enquanto sugo a fila vermelha
Projetada além de tua veia

Vivas tripas imersos no sangue
Azuis, vermelhas e amarelas
Donde jorra o rio que lambe
em ondas de dor além das telas

Grita como o demônio
que está a lhe devorar
Se não gritar, me deixe apreciar
essa tua vida antes que torne amônio

Para mim não é tortura
se te trato com tamanha ternura
Amo-te ao ponto de guardar em mim
tua vida, tua carne, teu espírito, sim.

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