segunda-feira, 12 de novembro de 2018

L3

Sinto o sangue correr meu corpo
Para agarrar-me à carne do morto
E sentir dele o sangue correr
Para minha garganta, gerando prazer

O ferro rubro oxidado
Em rio suculento me foi dado
Macios são os músculos rasgados
Outrora fortes, jazem acabados

A luz de olhos antes vivos
Ilumina agora meus intestinos
Saboreio a vaga vida restante
No ser que arqueia ofegante

Nenhum comentário:

Postar um comentário